O ESG no food service é uma abordagem que avalia governança ambiental, social e corporativa das empresas de alimentação fora do lar. Seu objetivo é alinhar os propósitos de lucratividade desses negócios às necessidades atuais da sociedade e do planeta.
Muitas empresas são orientadas por propósitos ou têm excelente liderança com interesse em mais do que apenas sua própria riqueza de curto prazo. Essa questão se tornou muito popular nos últimos anos, com os dados de desempenho financeiro sendo rastreados para as empresas com altos níveis de consciência ESG.
Na verdade, está surgindo o caso de negócios em que a gestão ESG ativa está diretamente ligada a um desempenho financeiro superior. Agora temos os ingredientes para uma estratégia de incentivo que demonstra que propósito e lucro podem andar lado a lado.
Uma breve introdução ao ESG
O termo foi ESG (environmental, social and corporate governance) foi criado em 2004 durante uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins.
Ela surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEO’s de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
Segundo relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões. E de acordo com o levantamento feito pela Morningstar e pela Capital Reseto, no Brasil, os fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020.
Abaixo, deixamos um vídeo que pode esclarecer um pouco mais sobre o que é essa abordagem, confira:
Como pode notar, uma empresa comprometida com a jornada de sustentabilidade que incorporar essa abordagem em sua estratégia de negócios será mais eficiente e mais resiliente às mudanças. O ESG no food service oferece aos operadores e demais empresários do setor de alimentação fora do lar uma nova maneira de conduzir seus negócios, visando o futuro e conquistando espaço em um mercado que se torna cada dia mais competitivo.
7 Passos para implementar o ESG no Food Service
O ESG é um conceito amplo e se aprofundar nessa abordagem exige das empresas um compromisso com mudanças genuínas. É esperado de grandes produtores e fabricantes de insumos do setor food service um aprofundamento nessa estratégia que chama cada vez mais a atenção dos clientes B2B e B2C.
O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), recomenda o material informativo da KPMG para quem deseja se aprofundar nas 7 etapas essenciais para as empresas que pretendem implementar o ESG em suas estratégias de negócios. Fizemos um breve de cada uma delas para você. Confira!
1 – Avaliação
Na primeira etapa, é esperado que a empresa realize um diagnóstico e entenda seu nível de maturidade em uma parte ou em toda a cadeia de valor.
2 – Estratégia e Propósito
Nessa fase é preciso definir qual é o melhor caminho para que sua empresa avance na jornada ESG e amplie seu impacto positivo com propósito. Recomenda-se que reveja seu modelo de negócios.
3 – Transformação
A terceira etapa consiste na preparação para as mudanças necessárias em cada uma das áreas da empresa, como financeiro, RH, comercial, marketing e operacional, por exemplo.
4 – Implementação
Nessa fase consiste no desenho e implementação do plano de ação. É essencial que a estratégia ESG esteja alinhada ao planejamento estratégico da empresa para obter sucesso.
5 – Medição
A seguir, será necessário definir métricas, fontes de dados e sistemas para ESG. Dentre elas, pode-se utilizar a monetização, medida de impactos e inventários, por exemplo.
6 – Reporte
Essa etapa consiste na organização da informação ESG de acordo com os padrões internacionais. Isso é necessário para relatos internos e externos, índices e rankings.
7 – Asseguração
A última fase também é conhecida como manutenção, ou seja, é nela que verificamos os processos e métricas sociais e ambientais e também realizamos possíveis alinhamentos.
Importância de implementar o ESG no Food Service
Como se pode notar, o processo de implementação do ESG é um processo complexo que exige um grau de comprometimento das empresas. Apesar disso, essa abordagem já faz parte do dia a dia das maiores empresas do mundo e para o setor de alimentação fora do lar, isso não é uma exceção.
Esse tema já é abordado por grandes empresas nos Estados Unidos e no Japão há pelo menos duas décadas e grandes fundos institucionais já conduzem parte da sua tomada de decisão considerando o aspecto de governança ambiental, social e corporativa.
A gigante BlackRock afirmou que: “Todos os governos, empresas e acionistas devem enfrentar as mudanças climáticas”. E de fato, a demanda de ações estratégicas com foco em ESG é uma questão muito requisitada pelos stakeholders de uma empresa.
Para o setor de food service, isso se reflete na forma como a produção, comercialização e distribuição de produtos será realizada, assim como quais estratégias as empresas responsáveis por esses serviços conduzem seus negócios.
Pensando nisso, não só as grandes empresas devem repensar seus planos de negócios para modelos mais sustentáveis e rentáveis, mas também todas as empresas, governos e até mesmo iniciativas de associativismo e cooperativismo precisam estar alinhados à essa pauta.
Projeto Verde – A iniciativa de ESG no Food Service da Monte Carlo Alimentos
Aqui na Monte Carlo Alimentos nós já introduzimos o gerenciamento sustentável às nossas pautas e promovemos ações internamente para reduzir o impacto ambiental de nossa operação.
Foi assim que surgiu o Projeto Verde, nossa frente de combate ao desperdício em prol do consumo corporativo mais consciente. Esse projeto foi implementado em 2016 e desde então entrega resultados consistentes que são de grande valor para nosso público interno e externo.
Deseja ficar por dentro das principais pautas do setor de food service?
Então confira nosso blog!
Esse espaço foi desenvolvido para esclarecer as principais dúvidas de operadores e empresas de alimentação fora do lar, trazendo dicas e conteúdos informativos para que você esteja sempre por dentro das principais questões do setor.
Nossa curadoria é realizada diretamente pela nossa CEO, Ana Paula Monteiro, que conduz a Monte Carlo Alimentos há quase três décadas e é uma especialista no setor de food service.