O mercado de alimentos para dietas restritivas vem chamando a atenção de diversos operadores de food service que desejam inovar em seus estabelecimentos. Segundo o IBGE, 65,6 milhões de brasileiros possuem alguma restrição alimentar (e isso não é pouca coisa).
Mas, para adentrar neste nicho, o primeiro passo é compreender o que ele significa e quais são os públicos que o englobam. Confira:
O que são dietas restritivas?
Uma das primeiras coisas que as pessoas pensam quando abordamos esse assunto é aquele regime radical para perder muito peso em pouco tempo, mas não é disso que se trata.
As dietas restritivas são aquelas para indivíduos que possuem algum tipo de restrição alimentar, seja por uma condição física (como uma alergia, por exemplo) ou alguma crença.
Existem muitos tipos de dietas restritivas, as mais populares estão relacionadas ao consumo de carnes, carboidratos, açúcar e glúten.
Qual é a diferença entre dieta restritiva e regime?
Ao contrário dos regimes, cujo o intuito é a perda rápida de peso, as dietas são modelos alimentares para auxiliar na mudança de hábitos e adequação do cardápio de acordo com o estilo de vida de cada um.
No judaísmo, por exemplo, existem restrições alimentares relacionadas à crença religiosa onde os fiéis precisam adaptar sua alimentação para evitar o consumo de alguns alimentos. Isso inclui também os cuidados especiais ao prepará-los.
Esses indivíduos não estão buscando uma mudança estética através da alimentação, como é o objetivo dos regimes. Eles têm uma dieta restritiva com base em suas crenças pessoais e é isso que muitos empreendedores estão levando em consideração ao montar o cardápio de seus estabelecimentos.
Como o food service encara o mercado de dietas restritivas?
Como em todas as áreas, o mercado de dietas restritivas oferece muitas oportunidades, mas também alguns desafios para as empresas e estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar.
De acordo com o levantamento da plataforma Consumidor Moderno, o Brasil ocupa a 6ª posição no ranking dos principais mercados de alimentos e bebidas saudáveis, sendo que 8 em cada 10 brasileiros procuram melhorar sua alimentação.
Para os novos entrantes, esses dados oferecem a oportunidade de criar um diferencial de mercado, observando a demanda por uma alimentação rápida, saborosa e saudável que permita ao consumidor ter uma boa refeição preparada fora do lar, respeitando suas restrições alimentares.
Estes são 8 alimentos responsáveis por 90% das reações alérgicas e fazem parte da lista de 17 itens que devem conter a informação sobre risco alergênico em seu rótulo, segundo determinação da ANVISA.
E apesar deste perfil de consumidor trazer altos rendimentos, o preparo da alimentação exige muitos cuidados, sendo necessária uma atenção redobrada por parte do estabelecimento.
A procedência dos alimentos, seu preparo e armazenamento, assim como a limpeza e esterilização do local de preparo, demandam conhecimento especializado e dedicação, pois boa parte das dietas restritivas está relacionada a questões de saúde.
Principais tipos de dietas restritivas
Como foi dito anteriormente, existem diversos tipos de dietas restritivas e a maioria delas está associada a questões de saúde e/ou crenças pessoais e religiosas. As mais populares, são:
- Dieta para diabéticos;
- Dieta para celíacos;
- Dieta para alérgicos;
- Dieta para intolerantes à lactose;
- Dieta para veganos;
- Dieta para vegetarianos.
Ter uma opção vegetariana ou até mesmo vegana já é muito comum nos cardápios da maioria dos restaurantes. Agora, a tendência é ter uma variedade focada em diferentes tipos de restrições alimentares, como refeições sem glúten ou lactose, por exemplo.
Para o consumidor, essa ação representa um passo dos estabelecimentos para tornar o setor de food service mais inclusivo e abrangente, respeitando as necessidades e criando mais valor para seu público.
Todas as empresas que fazem parte da cadeia food service como fornecedores, distribuidoras de alimentos, operadores e até mesmo os serviços de entrega precisam estar antenados a essa pauta, pois ela também faz parte do “novo food service”.
E como o food service se prepara para a alimentação do futuro?
Ao contrário do que muitos pensam, a alimentação fora do lar demanda muita pesquisa e uma boa dose de tecnologia.
Dentro do setor, existem pesquisas e desenvolvimento de novos alimentos plant-based para substituir boa parte dos alimentos à base de proteína animal, não apenas por crenças mas também, para criar pratos livres de boa parte dos alérgenos mais comuns, sem perder o sabor.
As foodtechs e suas inovações são o tema do próximo conteúdo, aqui do blog da Monte Carlo Alimentos. Siga-nos em nossas redes sociais e receba o alerta dos próximos conteúdos assim que estiverem no ar.